Por décadas, quem começava no comércio exterior aprendia quase exclusivamente na vivência. Não existiam cursos específicos, trilhas estruturadas ou conteúdos separados por função. Tudo acontecia no famoso “no andar da carruagem”: as atividades surgiam conforme o dia pedia, e aprendíamos resolvendo problemas em tempo real, absorvendo conhecimento pela repetição.
Esse modelo — o learning by doing — construiu gerações de profissionais resilientes, versáteis e criativos. Sou grata por ter vivido essa época.
Mas 2025 trouxe uma nova realidade: “aprender fazendo” continua valioso, mas deixou de ser suficiente.
Hoje, o mercado exige algo além da prática. Exige método.
O ciclo da informação encurtou. O que antes demorava semanas para confirmar, hoje é resolvido com um clique. Profissionais e clientes têm acesso aos mesmos dados em tempo real. E quando algo sai do planejado, a cobrança chega imediatamente.
Nesse cenário ágil e complexo, precisamos interpretar informações com precisão, comunicar o que realmente importa, antecipar riscos e tomar decisões com lógica técnica. Não há mais espaço para tentativa-erro sem direcionamento.
O problema não é “o colaborador que ainda está aprendendo”. O problema é o colaborador aprendendo sem estrutura.
E é exatamente isso que vejo diariamente:
cada pessoa fazendo a mesma atividade de um jeito,
processos na cabeça dos colaboradores, não da empresa,
erros que se repetem sem análise,
gestores apagando incêndios,
equipes travadas frente aos problemas.
Para transformar esse cenário, defendo um modelo que chamo de CMP: Contexto, Método e Prática.
C — CONTEXTO
Não é apenas saber o que fazer, mas entender o porquê. Compreender a lógica por trás de cada etapa e como uma atividade interfere na outra traz clareza, segurança e propósito às equipes.
M — MÉTODO
Método é fluxo. É padronização. É critério técnico.
Registrar o processo operativo — entradas, atividades, responsáveis, riscos, objetivos e controles — traz organização e previsibilidade. Gera um padrão. E permite melhorias reais.
P — PRÁTICA (ORIENTADA)
“Aprender fazendo” continua sendo essencial, mas agora é prática guiada. Documentada. Acompanhada.
É ensinar como fazer, por que fazer, o que observar, como ajustar a rota e qual resultado buscar. É transformar a vivência em um aprendizado intencional.
Por que as empresas precisam dessa mudança?
O ritmo acelerado do Comex não aceita improviso. Quando um colaborador não tem estrutura, surgem:
atrasos,
insegurança do cliente,
custos extras,
perda de competitividade,
sobrecarga dos mais experientes.
O gestor passa a apagar incêndios, em vez de liderar.
Por outro lado, empresas que conhecem, registram e padronizam seus processos conseguem treinar pessoas com velocidade e segurança — e colhem benefícios claros:
menos erros,
maior previsibilidade,
menor rotatividade,
onboarding mais rápido,
melhor experiência do cliente,
mais rentabilidade.
O que a Comex Real entrega nesse novo cenário?
Preencho a lacuna que trava silenciosamente o dia a dia das empresas: formação prática com método, baseada no fluxo operativo real do negócio.
Desenho, organizo e padronizo processos. Transformo esse fluxo em treinamento claro, aplicável e customizado. Ensino equipes a executar com lógica técnica, segurança e autonomia.
Formo profissionais prontos para a prática — mas sustentados por método.
Conclusão: o futuro do Comex não é improvisado. É estruturado.
O mercado não abandonou o “aprender fazendo”. Ele apenas evoluiu.
O novo profissional de Comex é aquele que:
pratica com objetivo,
entende o porquê das coisas,
segue processos,
comunica com precisão,
e, se desenvolve continuamente.
O futuro do setor pertence a quem une prática + método. E essa será a diferença entre sobreviver no operacional… e se tornar indispensável.
Fica a dica !!!
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Publicado: 23/11/2025 - by Ana Lúcia Panhoni via Linkedin.